quinta-feira, 28 de março de 2013


LUTO E DATAS COMEMORATIVAS




“O trabalho do luto é o processo de aprendizagem pelo qual cada mudança resultante é progressivamente compreendida (tornada real) e é estabelecido um novo conjunto de concepções sobre o mundo. Ninguém absorve de uma só vez a realidade de um evento tão importante como um luto”.   Collin Murray Parkes

 

São vários os fatores que determinam o tempo de duração e a intensidade do luto:
  •   O VÍNCULO QUE HAVIA COM A PESSOA FALECIDA;
  •   COMO A MORTE OCORREU;
  •    AS CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE DA PESSOA ENLUTADA;
  •   AS CRENÇAS E A FILOSOFIA DE VIDA;
  •   A REDE DE APOIO.
É importantíssimo para o bem-estar físico, psicológico e espiritual da pessoa que está passando pelo processo de luto a expressão do que está sentindo nesse período, que pode ser raiva, saudade, culpa, revolta, insegurança.  O choro pode ser um bom meio para aliviar a dor, pois é preciso que a pessoa enlutada se sinta autorizada a manifestar seu pesar, seu sofrimento diante de uma perda significativa. As habituais frases, como - isso vai passar, não chore, você precisa ser forte, ele ou ela não gostaria de te ver assim - querem transmitir algum consolo, mas nem sempre surtem esse efeito, pois a expressão da dor também é subjetiva, particular e deve ser respeitada.
É inevitável lembrar a pessoa querida que morreu nas datas comemorativas como natal, páscoa, aniversário, dia dos pais, etc. e é nesses momentos que se faz necessário maior apoio das pessoas mais próximas, dos amigos, dos grupos sociais e também dos grupos de apoio aos enlutados. Permitir a manifestação da saudade, da tristeza pela separação muitas vezes precoce e inesperada é totalmente aceitável no processo de vivência do luto e as datas comemorativas acentuam as emoções e aproximam o enlutado das lembranças e dos momentos vividos com a pessoa que morreu.
Para tanto é aconselhável respeitar o tempo do luto para que haja entendimento, resoluções internas e aceitação do ocorrido, pois é um período caracterizado por várias fases, que, vividas de maneira respeitosa e pacienciosa, pode resultar em aprendizados para a vida. Para isso é preciso ter consciência de que o tempo irá passar,porém o luto será vivido e o amor, o carinho e as lembranças permanecerão.
 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Arteterapia

CURSO  DE  INTRODUÇÃO  À  ARTETERAPIA





A ARTE COMO MEIO DE EXPRESSÃO DO SER HUMANO

SER – SENTIR – EXPRESSAR

EVELINE CARRANO HENRIQUES PORTO

Psicóloga - Arteterapeuta e Arte Educadora do Rio de janeiro



O curso de introdução à arteterapia tem como objetivo proporcionar experiências vivenciais e teóricas sobre os princípios e fundamentos teóricos da arteterapia. É destinado aos profissionais da saúde (terapeutas ocupacionais, médicos, fonoaudiólogos) e profissionais graduados ou estudantes de Psicologia, Pedagogia, Artes Plásticas, Arte- Educadores, Psicopedagogia, e áreas afins.


Contato: dorakrieger@bol.com.br


Este curso terá um módulo voltado para perdas e luto tendo como ferramenta de trabalho a criação de mandalas - palavra que significa círculo em Sânscrito - "símbolo universal da integração e da harmonia. Criar um mandala pode ser comparado com uma prática meditativa, pois ajuda a organizar pensamentos, a apurar sentimentos, aumenta o poder de concentração e amplia a criatividade".

(Fonte: Revista Mente e Cérebro Ano XIX no. 231)









quinta-feira, 7 de março de 2013



O presente artigo está publicado no livro " A morte e suas implicações para a Vida" - lançado em dezembro de 2012 - organizado por Aroldo Escudeiro.

Para aquisição de exemplares entre em contato pelo e-mail dorita@percepto.org

ESPIRITUALIDADE NO CONTEXTO HOSPITALAR: UMA


ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL



[1]Dorita Krieger


Não há necessidade de temer a morte. Não é o fim do corpo físico que deveria preocupar-nos. Antes, nossa preocupação deveria ser a de viver, enquanto estamos vivos, para liberar nosso eu interior da morte espiritual que corresponde a vivermos por trás de uma fachada que se destina a conformar-nos a definições externas de quem e o que somos.


(Elisabeth Kübler-Ross)


RESUMO

Neste mundo excessivamente competitivo em que vivemos, com diversos conflitos de ordem social, religiosa e ética, o ser humano procura um sentido para a sua vida. A busca espiritual vem se tornando cada vez mais um caminho de descobertas, de significados para a existência humana na terra. Seguindo esse anseio por alguma razão para a vida além da matéria, faz-se cada vez mais necessário que o cuidado espiritual seja incluído também na rotina dos profissionais de saúde, principalmente no contexto hospitalar, dentro de uma abordagem multiprofissional que envolva enfermeiros, médicos, psicólogos e demais profissionais. Este artigo apresenta os movimentos realizados na área da saúde para alcançar um atendimento à pessoa hospitalizada que inclua o cuidado espiritual. Aponta estudos que evidenciam os benefícios da espiritualidade na qualidade de vida, tendo como base o paradigma holístico, em que o paciente é visto como um ser biopsicossocial e espiritual. Faz também uma distinção entre espiritualidade e religiosidade.


Palavras-chave: Espiritualidade. Religiosidade. Profissionais da Saúde. Hospital.


[1] Psicóloga, Professora, Formação em Tanatologia.